O Forró vem conquistando cada dia mais espaço. Depois do xaxado, do baião, do forró com arrocha, com vanerão, romântico, agora o Ostentação virou febre e tem atraído cada vez mais pessoas afim de ver os espetáculos que viraram os shows de forró. No Ceará existem aproximadamente 800 bandas de forró entre profissionais e amadoras. Destas,cerca de 100 são profissionais,
com CDs e DVDs gravados, presença constante na mídia e devidamente
representadas por empresários, de acordo com o relatório "Arranjo Produtivo
do Forró em Fortaleza". dessas, 49 bandas pertenciam a apenas nove
empresários. E no forró, o papel do empresário tem sido decisivo para injetar
dinheiro nas bandas com potencial de fazer sucesso. De acordo com empresários
ouvidos pelo O POVO, para montar uma banda é necessário o investimento de pelo
menos R$ 300 mil para a compra de equipamentos, instrumentos - é comum que os
instrumentos sejam do dono da banda e não dos próprios músicos - e um ônibus
para baratear a logística de transporte do grupo. Mas não basta fazer tanto
investimento sem uma visão geral do mercado. "A área de entretenimento é
de extremo risco, seu funcionamento é bastante complexo e exige um conhecimento
aprofundado do mercado que está em constante mudança", explica Angelo
Roncalli, um dos diretores da A3 Entretenimento, hoje a maior do Estado no
gerenciamento de bandas de forró, como Aviões do Forró e Solteirões.
Levando em conta que
cada banda demanda, em média, R$ 35 mil para compra de equipamentos, as 75 maiores bandas do Estado chegam a movimentar cerca de R$ 3,8 milhão só com esta
finalidade. Os valores vão depender, claro, da quantidade e da qualidade desses
equipamentos.
A pesquisa indica que
praticamente todas as grandes bandas possuem ônibus próprio. Há bandas que
possuem ônibus no valor de R$ 700 mil, como é o caso da Aviões do Forró e
Mastruz com Leite. Mas há bandas que possuem ônibus no valor de R$ 250 mil.
Considerando uma média de valor em torno de R$ 300 mil, o total mobilizado
pelas 75 maiores bandas chega a quase R$ 20,5 milhões.
A organização do lucro vai além dos cachês pré-fixados. Muitos empresários preferem
fechar shows com a participação na renda da bilheteria e em alguns casos até
mesmo na renda do bar. É a chamada "festa bancada", com lucros divididos
entre os donos das bandas e os donos das casas de shows. Mas falando
especificamente de cachês, o relatório aponta que do ponto de vista da renda há
uma grande variedade de preços cobrados, que oscilam entre o mínimo de R$ 500 e
o máximo de R$ 80 mil (podendo aumentar de acordo com o tipo de evento e
distância).
Fazendo um cálculo
"conservador", como diz o coordenador do relatório, Jair do Amaral
Filho, imaginando que cada banda realize uma apresentação por semana, ou quatro
apresentações por mês, as 75 maiores bandas mobilizariam mensalmente mais de R$
3,8 milhão. "Com certeza uma cifra muito abaixo do real", pontua
Jair.
.jpg)
Nenhum comentário:
Postar um comentário