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domingo, 11 de janeiro de 2015

Com o Forró em Alta, Ceará é o estado com mais Bandas do gênero.

O Forró vem conquistando cada dia mais espaço. Depois do xaxado, do baião, do forró com arrocha, com vanerão, romântico, agora o Ostentação virou febre e tem atraído cada vez mais pessoas afim de ver os espetáculos que viraram os shows de forró. No Ceará existem aproximadamente 800 bandas de forró entre profissionais e amadoras. Destas,cerca de 100 são profissionais, com CDs e DVDs gravados, presença constante na mídia e devidamente representadas por empresários, de acordo com o relatório "Arranjo Produtivo do Forró em Fortaleza". dessas, 49 bandas pertenciam a apenas nove empresários. E no forró, o papel do empresário tem sido decisivo para injetar dinheiro nas bandas com potencial de fazer sucesso. De acordo com empresários ouvidos pelo O POVO, para montar uma banda é necessário o investimento de pelo menos R$ 300 mil para a compra de equipamentos, instrumentos - é comum que os instrumentos sejam do dono da banda e não dos próprios músicos - e um ônibus para baratear a logística de transporte do grupo. Mas não basta fazer tanto investimento sem uma visão geral do mercado. "A área de entretenimento é de extremo risco, seu funcionamento é bastante complexo e exige um conhecimento aprofundado do mercado que está em constante mudança", explica Angelo Roncalli, um dos diretores da A3 Entretenimento, hoje a maior do Estado no gerenciamento de bandas de forró, como Aviões do Forró e Solteirões.
Levando em conta que cada banda demanda, em média, R$ 35 mil para compra de equipamentos, as 75 maiores bandas do Estado chegam a movimentar cerca de R$ 3,8 milhão só com esta finalidade. Os valores vão depender, claro, da quantidade e da qualidade desses equipamentos.
A pesquisa indica que praticamente todas as grandes bandas possuem ônibus próprio. Há bandas que possuem ônibus no valor de R$ 700 mil, como é o caso da Aviões do Forró e Mastruz com Leite. Mas há bandas que possuem ônibus no valor de R$ 250 mil. Considerando uma média de valor em torno de R$ 300 mil, o total mobilizado pelas 75 maiores bandas chega a quase R$ 20,5 milhões.
A organização do lucro  vai além dos cachês pré-fixados. Muitos empresários preferem fechar shows com a participação na renda da bilheteria e em alguns casos até mesmo na renda do bar. É a chamada "festa bancada", com lucros divididos entre os donos das bandas e os donos das casas de shows. Mas falando especificamente de cachês, o relatório aponta que do ponto de vista da renda há uma grande variedade de preços cobrados, que oscilam entre o mínimo de R$ 500 e o máximo de R$ 80 mil (podendo aumentar de acordo com o tipo de evento e distância).
Fazendo um cálculo "conservador", como diz o coordenador do relatório, Jair do Amaral Filho, imaginando que cada banda realize uma apresentação por semana, ou quatro apresentações por mês, as 75 maiores bandas mobilizariam mensalmente mais de R$ 3,8 milhão. "Com certeza uma cifra muito abaixo do real", pontua Jair. 



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